Quando houve o escândalo com Fernando Collor, Jô Soares escreveu uma paródia da Canção do Exílio, satirizando a situação na época. Hoje, meu ócio criativo me fez lembrar disso aí resolvi brincar de parodiar também ( mas devo confessar que metrificar deu trabalho), considerando nosso estado atual na política. Aí vai meu exercício, espero que se divirtam:
Minha terra tem Cachoeiras
Monte Carlo em Goiás
Não permita Deus que eu morra
Sem ser pego o satanás
Minha terra tem Demóstenes
E o Congresso só da nó
Não permita Deus que eu morra
Sem que lote o xilindró
Minha terra tem acordos
Mensalão, maracutaia
Não permita Deus que eu morra
Antes que a casa caia
Minha terra tem um povo
Desligado, complacente
Não permita Deus que eu morra
Antes que mude essa gente
Pensar nem sempre é estar doente dos olhos
O maravilhoso heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, diz em um dos poemas que amamos que " pensar é estar doente dos olhos", porque ele quer que seus leitores se ponham a sentir o mundo. Mas, como hoje poucas pessoas fazem qualquer uma das duas coisas ( pensar e sentir), permitimo-nos dizer que sentir é fundamental, mas pensar também. Exercite essas duas capacidades: leia mais, viaje mais, converse mais com gente interessante, gaste seu tempo discutindo ideias e não pessoas.
Assinar:
Postar comentários (Atom)
Gostoso de ler, o trabalho valeu muito a pena. E o fim tem um tom irônico-cômico, muito bom.
ResponderExcluirÓtimo, Giovana. :^)
ResponderExcluir"Não permita Deus que eu morra
Antes que mude essa gente"