Pensar nem sempre é estar doente dos olhos

O maravilhoso heterônimo de Fernando Pessoa, Alberto Caeiro, diz em um dos poemas que amamos que " pensar é estar doente dos olhos", porque ele quer que seus leitores se ponham a sentir o mundo. Mas, como hoje poucas pessoas fazem qualquer uma das duas coisas ( pensar e sentir), permitimo-nos dizer que sentir é fundamental, mas pensar também. Exercite essas duas capacidades: leia mais, viaje mais, converse mais com gente interessante, gaste seu tempo discutindo ideias e não pessoas.

terça-feira, 14 de junho de 2011

Datas comemorativas: adendo

 Como o post anterior rendeu comentários interessantes, gostaria de completá-lo. Na verdade, gente, concordo com o André sobre o Natal ( embora me sinta depre por motivos pessoais nessa época)porque este é uma festa que tem um sentido religioso, só a olha como comércio quem quer. Já o dia dos namorados, dia das mães, dia dos pais, dia das crianças são datas puramente comerciais, por isso acho que não têm sentido. Acho tenebroso comemoração de dia dos pais e mães nas escolas: o que fazer com quem é órfão? Com aqueles cujos pais abandoram? Ah, você não tem pai, mãe? Então fica aí no cantinho brincando de fantasma! É cruel e quando somos crianças não podemos nos defender dos comentários maldosos alheios. Acho que o Ian está certo em dizer que temos o direito de ser um pouco egoístas quando amamos ( e todos somos mesmo), só não concordo com o bombardeio a que as pessoas são expostas, visto que muitos, sem compreender o real significado do que fazem, endividam-se e apostam nos presentes para resolver problemas existenciais, que apenas serão minorados enquanto o efeito do presente durar. Posso até ser ingênua e sentimentalista, mas ainda prefiro lembranças singelas( bombons, uma comida preferida, um café na cama) que aparecem de supresa, porque assim sabemos que aquela pessoa realmente pensou em nós e não foi compelida a fazê-lo porque as propagandas na tv não param de alerta-la. Que venham os novos comentários. Adoro querelas!

Um comentário:

  1. (para não ser incisivo) Peço desculpas por incomodar novamente, mas vou aproveitar a deixa!
    Quando coloquei o Natal e o Dia dos Namorados no mesmo patamar me referi a sua capacidade de afetar pessoas alheias. Imposto ou não, gera um "quê" de identidade sentimental em cada pessoa com a data em questão. Acho que a senhora pesa demais os supostos malefícios do dia dos namorados. Falo isso porque nunca conheci alguém depressivo por estar solteiro neste dia. O que não é verdade quando é dia dos pais ou mães, que concordo plenamente com a exclusão. O meu ponto: deixemos de reclamar desse dia, deixemos quem quiser comprar presente, deixemos os jovens livres pra aproveitarem com suas namoradas. Será que se encararmos desta forma, um dia quando casados comemoraremos o 12/06 como momento pra relembrar o nosso "jovem" amor?

    Ian
    Ps: Te acompanho nas querelas! kk

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